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CHUC implanta válvula tricúspide no coração sem recurso a cirurgia, pela primeira vez


Foi realizada pela primeira vez no Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), nos finais do passado mês de março, a substituição valvular percutânea tricúspide (valve-in-valve), numa doente com história prévia de prótese valvular tricúspide e que não era candidata a reoperação cardíaca devido ao elevado risco operatório.


O procedimento que consistiu na colocação de uma prótese valvular biológica por via minimamente invasiva não cirúrgica, com vista ao tratamento da regurgitação valvular tricúspide grave e sintomática, foi realizado pela equipa de cardiologia de intervenção do Serviço de Cardiologia do CHUC, constituída por Marco Costa, Luis Paiva e Manuel Santos - com o apoio do Serviço de Cirurgia Cardíaca do CHUC (Diretor David Prieto) - decorreu com sucesso e vai permitir a esta doente a melhoria das queixas de insuficiência cardíaca, o aumento da sua qualidade de vida e a redução do risco de reinternamento hospitalar.

“A regurgitação desta válvula cardíaca provoca o refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita, tendo impacto na qualidade de vida destes doentes. Estes doentes referem dificuldade progressiva para realizar esforços físicos, edemas generalizados no corpo e predispõem a internamentos hospitalares frequentes por descompensação cardíaca”, esclarece Lino Gonçalves, diretor do Serviço de Cardiologia.


Lino Gonçalves prossegue dando nota que “tradicionalmente, as opções de correção da insuficiência tricúspide estavam limitadas à cirurgia cardíaca. Em alguns casos, os resultados da cirurgia à válvula tricúspide não eram duradouros e uma reoperação representaria um risco cirúrgico muito elevado ou até proibitivo para o doente, pelo que uma opção terapêutica menos invasiva possibilita o tratamento de mais doentes com esta patologia, sobretudo naqueles mais idosos, frágeis e com elevado risco cirúrgico e que frequentemente não tinham acesso a qualquer tratamento valvular para ajudar à sua estabilização clínica. Abre-se, assim, uma porta para o futuro que vai permitir a outros doentes poder beneficiar deste tipo de intervenção”, conclui Lino Gonçalves.


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